terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Toques sutis nos ossos da cabeça regulam pulsos vitais

Frederico Junqueira não sabia mais o que fazer para se livrar de uma labirintite crônica. "Eu tinha crises frequentes com tontura e muito zumbido nos ouvidos. Locais fechados e excesso de barulho eram mortais. Fui a diversos especialistas, mas não obtive melhora, até que meu dentista me indicou a terapia craniossacral", conta o comerciante de 45 anos.


A disciplina para não faltar às sessões foi fundamental no tratamento de Frederico, que, logo no início, começou a ficar mais confortável quando tinha que ir a lugares mais fechados e com multidões.


"Durante as sessões, comecei a ter mais consciência de alguns eventos traumáticos do passado e, como não havia como mudá-los, passei a encará-los de forma diferente. Hoje estou livre daquele zumbido insuportável nos ouvidos e já consigo ouvir música no rádio do carro", comenta Frederico.


A terapia craniossacral "é um procedimento complementar e integrativo", explica a fisioterapeuta Sophia Lanz, formada pelo Rolf Institute. "Através de toques sutis nos ossos do crânio e osso sacro, a terapia procura equilibrar o pulso do fluido cérebro-espinhal, regulando o sistema nervoso central e autônomo e melhorando os processos biológicos somáticos, cognitivos e afetivos", diz a terapeuta craniossacral formada pelo Milne Institute.


Ela ressalta que esse pulso, além de ser o mais profundo de todo o corpo, é a base do equilíbrio dos demais pulsos corporais - sistema nervoso, cardíaco, respiratório e linfático.


A base dessa terapia, diz Sophia, "é que existe um pulso do fluido cérebro-espinhal de seis a oito ciclos por minuto, e que todos os ossos do crânio, e, na outra extremidade da coluna, o osso sacro se movimentam de acordo com ele".


A fisioterapeuta revela que é possível identificar o movimento de cada osso do crânio e saber, através desses processos articulares, se o pulso craniossacral e a posição dos ossos cranianos estão saudáveis ou em um padrão de lesão.


Sensibilidade. O terapeuta craniossacral utiliza uma qualidade de toque que permite reconhecer e alterar o ritmo desse pulso e também o ajuste dos ossos cranianos para correção de lesões. Por isso, segundo Sophia, é preciso muita cautela, pois alguns profissionais não formados estariam oferecendo essa técnica.


"Esse é um trabalho altamente especializado, que necessita de muito estudo, boa compreensão dos sistemas corpóreos, adquiridos não somente durante a formação, mas em outros cursos da área de saúde como a fisioterapia. A formação da pessoa que está oferecendo o trabalho deve preencher esses requisitos", alerta a especialista.


A terapia não tem contraindicações. Todas as pessoas podem se beneficiar dessa técnica, "mas existem alguns toques que não podem ser realizados em algumas pessoas, como por exemplo, as pessoas com pressão alta não podem receber toques compressores, mas podem receber toques que ajudem na drenagem dos líquidos. Cabe ao terapeuta realizar a anamnese de forma correta perguntando sobre os antecedentes pessoais e avaliando a melhor abordagem", avalia Sophia.
FONTE: JORNAL PAMPULHA NÚMERO 1072

Serviço: Mais informações pelo telefone (31) 3344-7483 ou sophia@rolfing.com.br

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